O câncer que afeta as glândulas salivares é uma condição pouco comum, representando entre 6% e 8% dos tumores que surgem na região da cabeça e pescoço. Ele é mais frequentemente diagnosticado em pessoas acima dos 55 anos, ainda que possa ocorrer em qualquer idade. A importância de se diagnosticar precocemente esse tipo de câncer não pode ser subestimada, pois tal ação aumenta consideravelmente as chances de sucesso no tratamento, além de reduzir as sequelas que a doença poderia causar.
Diagnóstico Precoce
A localização superficial da maioria dos tumores nas glândulas salivares facilita, em muitos casos, a identificação precoce. Um dos primeiros sinais costuma ser o desenvolvimento de um nódulo indolor na face, pescoço ou dentro da boca. Outros sintomas que podem alertar incluem dor constante, perda de sensibilidade ou fraqueza em partes do rosto, dificuldades para engolir e alterações na voz.
Para iniciar o diagnóstico, realiza-se um exame físico minucioso. Na sequência, exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), são usados para avaliar a extensão do tumor. A biópsia aspirativa por agulha fina (BAAF) também é frequentemente empregada para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo específico do tumor.
Opções de Tratamento
O tratamento para o câncer das glândulas salivares envolve uma abordagem multidisciplinar, adaptada às características específicas de cada caso, incluindo o tipo de tumor, o estágio da doença e a saúde geral do paciente. As principais opções de tratamento são:
– Cirurgia: Esta é a principal forma de tratar esses tumores, buscando sua total remoção enquanto se preservam as estruturas ao redor. No caso dos tumores localizados na glândula parótida, deve-se ter um cuidado especial com o nervo facial para evitar danos que possam ocasionar paralisia.
– Radioterapia: Utilizada como tratamento complementar, especialmente em situações de tumores mais agressivos, margens cirúrgicas afetadas ou quando o tumor não pode ser completamente removido. A radioterapia ajuda a eliminar qualquer célula cancerígena remanescente e a diminuir as chances de reincidência.
– Quimioterapia: Geralmente utilizada em casos mais avançados ou quando há metástases, a quimioterapia pode ser aplicada sozinha ou em conjunto com a radioterapia.
– Terapias-alvo e Imunoterapia: Essas técnicas, ainda em fase experimental, procuram combater as células cancerosas usando suas características moleculares específicas, oferecendo a perspectiva de tratamentos mais eficientes e com menos efeitos colaterais.
Conclusão
Detectar o câncer de glândulas salivares cedo é fundamental para um tratamento eficaz e para manter a qualidade de vida do paciente. Ao notar qualquer sintoma que levante suspeitas, é essencial buscar a avaliação de um médico especialista. O acompanhamento contínuo e a conscientização sobre os sinais desta doença são cruciais para melhorar o prognóstico.
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Referências Consultadas
– Instituto Oncoguia. (2022). Detecção precoce do câncer de glândulas salivares. Disponível em: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/deteccao-precoce-do-cancer-de-glandulas-salivares/8527/512/
– A.C.Camargo Cancer Center. (2022). Câncer de Glândulas Salivares. Disponível em: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/glandulas-salivares
– Instituto Oncoguia. (2022). Tratamentos do câncer de glândulas salivares. Disponível em: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamentos/2815/509/
– Instituto Oncoguia. (2022). Diagnóstico do câncer de glândulas salivares. Disponível em: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/diagnostico/2814/509/
– Instituto Oncoguia. (2022). Estatística para câncer de glândulas salivares. Disponível em: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-cancer-de-glandulas-salivares/8524/511/